De alguma forma estamos sempre destruindo ou contribuindo para a destruição. Seja por aniquilar uma palavra, abandonar um consolo, obstruir um grito, dissipando o silêncio, recusando um afeto. Tornamos-nos passivos e vulneráveis as conseqüências, principalmente quando temos o outro como alvo a entregar nossas culpas. Como meio de nos proteger e continuar agindo da forma que melhor convém, até descobrirmos que nossa visão é parcial e distorcida, momento esse, que por muitas vezes já não temos o número significativo de pessoas que possam nos apoiar. E quando chega a esse ponto é a ocasião em que entendemos que somos os únicos que realmente temos maior poder de diminuir a solidão que nos acorrenta.

Nenhum comentário:
Postar um comentário